Gente Sergipana – Professor Antônio Fontes Freitas

por Antônio Samarone

A pedagogia da simplicidade.

Acabo de ler o auto-retrato do Professor Freitas. Uma memória que ultrapassa as fronteiras da vida privada, e conta-nos um pouco da educação em Sergipe. Um livro leve, despretensioso bem escrito.

Eu li numa sentada.

Para compensar aos que não terão a ventura em receber esse mimo, deixo aqui essa breve resenha.

Antonio Fontes Freitas nasceu às margens do Vaza Barros, no Povoado Tinga, em 1942., numa família de 12 irmãos. Filho de Cazuza e Dulcinéia. Entrou na escola já grandinho, aos 12 anos.

Para os filhos estudarem, a família se mudou para Aracaju. O professor Freitas cursou o primário no Grupo Escolar Ivo do Prado, depois passou no exame de admissão do Atheneu.

No Atheneu, Freitas foi aluno, amigo e discípulo do mestre Leão Magno Brasil. A admiração ao professor Leão Magno aproximou Freitas da matemática. Freitas tornou-se assistente do professor Leão Magno.

Freitas assumiu a magistério ainda como estudante. Uma vocação!

O corpo docente do Atheneu era de altíssimo nível: Thetis Nunes, Glorita Portugal, Maria da Glória, Silvério Fontes, José Leite, Pedro Amado, Caetano Quaranta, Maria Augusta Lobão e Ofenísia Freire. Uma equipe reforçada intelectualmente.

O professor Freitas chegou aos cargos de direção, na passagem do Dr. João Cardoso na Secretária de Educação. Freitas Também é economista, formado pela UFS.

Freitas foi diretor do Atheneuzinho, do Colégio de Aplicação da UFS, e o Secretário de Educação do Governo Valadares. Acho que os cientistas políticos e historiadores precisam reabrir os estudos sobre esse período da vida sergipana.

O sucesso na vida depende da sorte, em 1969, o professor Freitas foi sorteado, casou-se com Dona Eglélia Portugal, de família tradicional da Província. Em Sergipe, sem sobrenome, as estradas são espinhosas.

Um sinal inequívoco de prestígio do professor Freitas: ele é o Grão Mestre da Maçonaria. Sei pouco sobre essa irmandade secreta, mas percebo que nenhum derrotado cruza os seus umbrais.

O professor Freitas é imortal da Academia Maçônica Sergipana de Artes, Ciências e Letras, ocupando a cadeira 33 e membro fundador da Academia Sergipana de Educação, ocupando a cadeira número 20, cujo Patrono é o Dr. João Cardoso.

Após as aposentadorias, o professor Freitas avivou o ímpeto empresarial, e tornou-se um bem-sucedido produtor de gelo.

O Professor Freitas é Comendador e Cavaleiro de várias Ordens, benemérito de várias irmandades e um voluntário da filantropia. O professor é o Irmão Freitas, Grão Mestre da vetusta Maçonaria.

O Professor Freitas cumpriu a sua missão de educador, com humildade, competência e zelo, própria dos grandes homens.

Antonio Samarone. (médico sanitarista).