Academia Maçônica Sergipana

Cadeira nº 33 – Antônio Fontes Freitas

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Antonio Fontes Freitas
(dados biográficos)
 Filho de Jose Freitas dos Santos e Dulcinéa Fontes Freitas, o professor Freitas, como é conhecido nos meios educacionais, nasceu em 15 de novembro de 1942 num pequenino povoado do município de Itaporanga D’Ajuda, onde viveu até os oito anos de idade.
Em 1950, o seu pai que já mantinha dois filhos estudando no Colégio Jackson Figueiredo, em Aracaju, resolve mudar-se para a capital a fim de propiciar aos outros filhos, em número de 8 (oito), uma melhor educação. Essa atitude de seu pai exigiu enorme sacrifício, pois ele tinha uma oficina de Caldeiraria, onde fabricava e consertava alambiques, que na época, não pôde ser transferida, também, para Aracaju, o que só veio a ocorrer algum tempo depois.
Em 1951, iniciou, de fato, seus estudos regulares no antigo Grupo Escolar Ivo do Prado, hoje, Escola de 1º e 2º Graus Governador Valadares, localizada na Rua Visconde de Maracaju, no bairro 18 do Forte em Aracaju. Convém salientar que esta Escola, a maior da zona norte de Aracaju, foi construída pelo professor Antônio Fontes Freitas durante o período em que exerceu o cargo de Secretário de Estado da Educação.
Concluído o então curso primário, submeteu-se ao exame de admissão ao antigo curso ginasial do Colégio Estadual de Sergipe, hoje Atheneu Sergipense, onde obteve aprovação com destaque. No Atheneu estudou o ginásio e o cientifico.
Como sempre destacou-se nas aulas de matemática que eram ministradas pelo professor Leão Magno Brasil foi, por ele, incentivado a lecionar, tendo ensinado em caráter particular a muitos rapazes e moças, hoje grandes profissionais e empresários de nossa cidade. Numa dessas aulas particulares, que em geral, eram ministradas nas residências dos alunos, o Pai de uma aluna, num determinado dia, resolveu acompanhar a aula da filha e, ao término da mesma, convidou o professor Freitas para comparecer ao Instituto de Educação Rui Barbosa – IERB, Escola Normal e lá,  indicou-o para lecionar matemática no curso pedagógico, na vaga deixada pela professora Vetúria, que havia se aposentado. Naquela época, o professor Freitas ainda era estudante do curso científico do Colégio Estadual de Sergipe.
Em 1963, atendendo ao honroso convite dos professores José Silvério Leite Fontes e Leão Magno Brasil a quem auxiliava nas aulas de matemáticas, tornou-se uma espécie de assistente do mestre, passando a lecionar no Colégio Estadual de Sergipe onde também era ainda estudante do curso científico, convivendo com uma situação muito interessante, pois vários de seus professores, como Leão Magno Brasil, Ofenísia Soares Freire, Glorita Portugal, Ligia Madureira Pina, Maria da Glória Monteiro, Rosymari Mesquita, Caetano Quaranta, Maria Augusta Lobão Moreira, José Rollemberg Leite e outros passaram a ser, também, seus colegas de magistério, em turnos diferentes, é claro.
Durante a gestão da professora Maria Augusta Lobão Moreira, como Diretora Geral do Colégio Estadual de Sergipe, foi convidado e aceitou o desafio de dirigir o Atheneu Sergipense (Atheneuzinho) –núcleo do Colégio Estadual de Sergipe, localizado na Avenida Ivo do Prado, onde mais tarde veio a funcionar a Secretaria de Estado da Educação, e posteriormente, o Museu da Gente Sergipana
Em fevereiro de 1967, portanto, antes da fundação da Universidade Federal de Sergipe, passou a lecionar no Colégio de Aplicação da Faculdade Católica de Filosofia. O Colégio de Aplicação era, na verdade, o laboratório pedagógico da Faculdade e, com o funcionamento da UFS, passou a integrar o Centro de Educação e Ciências Humanas como órgão suplementar do Departamento de Educação, CODAP
O Professor Antonio Freitas, apesar de autodidata com grande experiência, entendeu a necessidade de melhorar o seu desempenho em sala de aula, e para tanto, inscreveu-se no programa patrocinado pelo Ministério da Educação denominado Campanha de Aperfeiçoamento e Difusão do Ensino Secundário – CADES,  e participou de curso intensivo de um ano, na Faculdade Católica de Filosofia Ciências e Letras da Universidade Federal de Alagoas, curso este que veio a agregar aos conhecimentos da matemática, a maneira didaticamente correta de ministrar suas aulas. A partir de então, passou a lecionar, também, nos Cursos de Suficiência, oferecidos pelo MEC, através da CADES em nosso Estado.
Formado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Sergipe, possui Especialização em Matemática, Estatística e Probabilidades nas Universidades Federais de Pernambuco e do Ceará e integrou a primeira turma do curso de pós-graduação em Educação, mestrado, ministrado pela Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia. Foi professor de diversos colégios da rede particular de Aracaju, como Tobias Barreto, São José, Seminário Diocesano de Aracaju e das Faculdades Integradas Tiradentes, hoje Universidade Tiradentes, tendo lecionado também, na Associação de Ensino Unificado do Distrito Federal – UDF em Brasília, a disciplina Educação de Adultos.                           
Professor concursado da Universidade Federal de Sergipe, lotado no Departamento de Educação, onde lecionou, nos cursos de Pedagogia e das Licenciaturas, as disciplinas: Estrutura e Funcionamento do Ensino de 1° e 2° Graus, Legislação do Ensino, História da Educação e Métodos Quantitativos em Educação. No campo técnico-pedagógico, o professor Freitas exerceu diversos cargos: foi Vice-diretor do Colégio Estadual de Sergipe – Atheneu, Assistente de Diretor do Colégio de Aplicação, Diretor do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Sergipe, Coordenador Executivo dos Órgãos Regionais da Secretaria de Estado da Educação – ­CODEX, Consultor Técnico Administrativo do Governo do Estado na área da Educação, Diretor Geral de Educação do Estado e membro do Conselho Estadual de Educação, durante 13 anos, chegando a ser presidente.
Na esfera federal, além da Universidade Federal de Sergipe, onde lecionou e ocupou cargos de direção e assessoramento (assessor especial do Magnífico Reitor Clodoaldo de Alencar Filho), o professor Freitas, exerceu cargo D A S – Direção e Assessoramento Superior no Ministério da Educação e Cultura, em Brasília, tendo sido Chefe de Gabinete do Departamento de Ensino Supletivo; foi nomeado pelo Presidente da República para exercer o cargo de Membro do Conselho Diretor da Fundação Universidade Federal de Sergipe, tendo sido reconduzido ao mesmo cargo para um novo mandato, mediante Decreto do Ministro da Educação; durante o mandato de Conselheiro foi eleito pelos seus Pares para presidir o Conselho Superior da Universidade, cuja eleição foi referendada pelo Governo Federal, através de , nomeando-o para o cargo de Presidente do referido Conselho e, por extensão, presidente da Fundação Universidade Federal de Sergipe.
 Quando diretor do Colégio de Aplicação, o professor Freitas que era um grande amigo do nosso 1º Reitor Dr. João Cardoso Nascimento Júnior, contribuiu, de maneira significativa, para a implantação da nossa Universidade, fazendo parte de várias Comissões e grupos de Trabalho, desde a seleção de pessoal para ingresso na nova Instituição, na implantação do CECAC, ao lado do professor Ovídio Valois, bem como, nos primeiros Festivais de Arte de São Cristóvão, coordenando cursos e seminários juntamente com o professor Clodoaldo Alencar, com a professora Aglaé Fontes e vários outros colegas.
Enquanto assessor do Ministério de Educação e Cultura em Brasília, o professor Antonio Fontes Freitas desenvolveu um intenso trabalho na implantação das ações previstas na Lei nº 5692 de 11de agosto de 1971 que tratava da reforma do Ensino de 1 ° e 2° graus, especialmente no que se refere ao ensino supletivo. Proferiu diversas Palestras e Conferencias sobre o ensino supletivo, na Universidade Para o Trabalho de Minas Gerais, Universidade Santa Úrsula do Rio de Janeiro, Universidade do Distrito Federal – U D F, em Brasília, em Encontros Nacionais e Regionais promovidos pelo M E C nos diversos Estados Brasileiros, inclusive em Sergipe, onde foi um dos principais responsáveis pela criação do Centro de Estudos Supletivos de Aracaju, mantido pela Prefeitura e do Centro de Estudos Supletivos Valnir Chagas, hoje Severino Uchoa, subordinado à Secretaria de Estado da Educação.
O professor Antonio Fontes Freitas contribuiu em muito para a implantação, em nosso Estado, das primeiras Classes de Educação Especial, destinadas ao atendimento dos alunos portadores de necessidades educacionais especiais, das primeiras oficinas psico-pedagógicas; foi o fundador do Centro de Educação Especial Dr. João Cardoso Nascimento Júnior, localizado na Cidade dos Funcionários, em Aracaju, uma unidade especializada no atendimento às crianças portadoras de necessidades especiais da rede pública de ensino, além de promover os primeiros cursos para professores envolvidos com a Educação especial, inclusive em nível de pós-graduação, fazendo convênios com Universidades de outros Estados e com Instituições Especializadas em Educação para portadores de necessidades especiais.
Durante a sua carreira de professor, escreveu alguns trabalhos na área de Educação: Introdução à Matemática Moderna, editado pela Gráfica J Andrade, primeiro livro do gênero publicado em Sergipe;  Calculando Áreas do Cilindro – livro de matemática, utilizando a instrução programada, destinado aos programas de educação  permanente e educação continuada, que dispensa a presença dos alunos nas escolas regularmente;  Educação Especial em Sergipe, abordando a situação dos alunos portadores de necessidades especiais em educação, publicado pela Escola Superior de Guerra e Alguns Aspectos da Evolução do Ensino Médio em Sergipe, trabalho de dissertação do curso de pós graduação da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia.
O professor Antonio Fontes Freitas, além de Educador nato com relevantes serviços prestados à nossa comunidade e na esfera federal, foi também um Executivo e Empresário bem sucedido. Na iniciativa privada, tendo como sócio o seu irmão José Freitas dos Santos, instalou, na Avenida Coelho Campos em Aracaju,  uma moderna indústria de Gelo, denominada, FRISE – Frios de Sergipe até hoje em funcionamento, com capacidade instalada para produzir 30 toneladas/dia de gelo em escamas e gelo especial em cubos, destinados ao consumo com bebidas. Foi Diretor Presidente da Companhia de Desenvolvimento Industrial de Sergipe – CODISE, Diretor Presidente da Companhia de Habitação Popular de Sergipe – COHAB, Secretário de Estado da Indústria, Comércio e Turismo, Secretário de Estado da Ciência e Tecnologia e Secretário de Estado da Educação.
Quando ocupou o cargo de Secretário de Estado da indústria, Comércio e Turismo, embora por pouco tempo, acumulava as funções de Presidente Nato da CODISE o que gerava dificuldades para o bom funcionamento dos órgãos vinculados e da própria Secretaria de Estado. Com sua visão  empresarial, sugeriu ao então governador Valadares que autorizasse a desvinculação das duas estruturas ( CODISE E SECRETARIA )  o que foi aceito de pronto, para propiciar a ambas,  melhor desempenho de ambas. Daí por diante, a CODISE passou a ter seu Presidente, subordinado ao Secretário.
No curto período à frente da SEDICIT, alguns fatos merecem destaque: a instalação  pioneira de gás natural no DIA ( Distrito Industrial de Aracaju); as negociações com os órgãos ambientais para o funcionamento da SANTÍSTA, em Nossa Senhora do Socorro; a criação e instalação do Conselho de Desenvolvimento Comercial de Sergipe  ( C D C ), Colegiado formado por representantes do Governo e setores representativos do comércio sergipano para servir como facilitador dos assuntos do Setor Empresarial que mais gera empregos no País e, consequentemente, em nosso Estado; a realização da primeira feira de confecções de Sergipe, ocorrida no Cotinguiba Esporte Clube, vez que o Centro de Interesse Comunitário – CIC, hoje Centro de Convenções, ainda não funcionava e a participação de Sergipe, através de um numeroso grupo de artesãos na Feira Nacional de Artesanato, realizada em São Paulo com o apoio total da Secretaria, dentre outros. 
Como Secretário de Estado da Educação,  destacou-se, não apenas, pela construção de 500 (quinhentas) salas de aula, mas, e principalmente, pela implantação e desenvolvimento de projetos visando a melhoria da qualidade do ensino público em nosso Estado. Foi durante a gestão do prof. Freitas que Sergipe se destacou no cenário educacional brasileiro com o projeto de alfabetização, elaborado e implementado em nosso Estado pela equipe coordenada pela professora Ana Lucia Vieira de Menezes, com assessoramento de UNICAMPI – Universidade de Campinas, especialmente contratada para dar o suporte técnico à equipe da COTEP – Coordenadoria Técnico Pedagógica da Secretaria.  Convém salientar que este projeto serviu de modelo para outros Estados da Federação.
Ao longo de sua vida pública, o professor Freitas foi alvo de merecidas homenagens, pela expressiva contribuição ao desenvolvimento do nosso Estado, principalmente na área da Educação, onde atuou com muita dedicação e amor, por entender que a única forma de se conseguir a realização como pessoa humana, é através da Educação.
Dentre as diversas homenagens podemos citar: mediante Decreto do Governo do Estado foi condecorado com a Medalha da Ordem do Mérito Serigy, no grau de COMENDADOR; do Governo Federal, através do Ministério da Aeronáutica, recebeu a MEDALHA SANTOS DUMONT; da Universidade Tiradentes, onde também foi professor, recebeu homenagem como Secretário de Estado do Ano; da Universidade Federal de Sergipe, o Título de PROFESSOR EMÉRITO, diploma de Colaborador dos Primeiros Festivais de Arte de São Cristóvão, Diploma Pelos Relevantes Serviços Prestados à Instituição Universidade federal de Sergipe. Além destes, o professor Freitas coleciona em uma grande galeria de Diplomas, Certificados, Placas e Troféus que lhes foram conferidos por diversas Instituições de Sergipe e de outros Estados.
Ainda no plano estadual, o professor Freitas recebeu homenagens do Governo do Estado e das Prefeituras Municipais de Indiaroba e Riachão do Dantas com a criação de escolas com o seu nome: Colégio Estadual Professor Antonio Fontes Freitas – Ensino Fundamental e Médio na Grande Aracaju- N. S. Socorro, Escola de 1º e 2º Graus Professor Antonio Fontes Freitas, no povoado Convento em Indiaroba e Escola de Ensino Fundamental em Riachão do Dantas.
Antonio Fontes Freitas – o MAÇOM
Em 1977, quando trabalhava no Ministério da Educação e Cultura – MEC, em Brasília, recebeu convite de um colega de trabalho para ingressar na Maçonaria, o que lhe deixou muito lisonjeado por saber, através de leituras diversas sobre o assunto, o valor e o significado de pertencer a uma Instituição que se dedica à busca da Paz e da Felicidade Humana.
Uma vez aceito, foi iniciado como Aprendiz Maçom na Augusta e Respeitável Loja Maçônica Cruzeiro do Sul, no Oriente de Brasília, onde também galgou os demais graus do simbolismo maçônico, ou seja, Companheiro e Mestre Maçom.
Em 1979, atendendo convite do então Secretário de Estado da Educação e Cultura, o Deputado Federal Antônio Carlos Valadares, retornou a Sergipe a fim de ajudá-lo na Pasta da Educação.
Como Mestre Maçom, filiou-se à Loja Sete de Setembro, em Aracaju, onde exerceu vários Cargos maçônicos, chegando em 1982 ao de Venerável Mestre da Loja, isto é, ao de Presidente da Loja.
Em 1983, assumiu o cargo de Deputado Grão Mestre (Grão Mestre Adjunto) da Grande Loja Maçônica do Estado de Alagoas que tinha jurisdição em Sergipe, e onde possuía 7 (Sete) Lojas maçônicas jurisdicionadas. No mesmo ano, ou seja, no dia 15 de novembro de 1983, o irmão Antonio Fontes Freitas, fundou a Grande Loja Maçônica do Estado de Sergipe, tornando-se o seu primeiro Grão Mestre, permanecendo no Cargo até junho de 1990, mediante sucessivas eleições.
Em 2002, depois de 12 anos afastado do Grão Mestrado, mas não, da Ordem, e atendendo o apelo de irmãos, foi mais uma vez eleito para dirigir os destinos da Instituição em nosso Estado, tendo sido reconduzido para mais um mandato que vai até 2008. Em síntese, o Professor Freitas, ou o Irmão Freitas, além de fundador da Grande Loja Maçônica de Sergipe foi seu Presidente (Grão  Mestre) por 13 anos.
O trabalho maçônico desenvolvido pelo irmão Freitas nestes 37 anos, tem sido reconhecido não apenas pelos que fazem a Maçonaria Sergipana, mas, e principalmente, pela Maçonaria Brasileira e Universal. É membro honorário da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, Inspetor Geral do Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito da Maçonaria para a República Federativa do Brasil. Em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à maçonaria brasileira e universal, foi condecorado com a MEDALHA DA ORDEM DO MÉRITO MAÇÔNICO no grau de GRÃ CRUZ, pela Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro; Igualmente, recebeu  Comenda e Diploma do MÉRITO MAÇÔNICO da Grande Loja Maçônica do Estado do Espírito Santo, da Grande Loja Maçônica do Estado de Minas Gerais recebeu, como também Diplomas, Medalhas e troféus de Grandes Lojas Maçônicas de todos os Estados Brasileiros, do Distrito Federal, da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil e do Supremo Conselho da  Maçonaria para a República Federativa do Brasil.
O professor Freitas é Membro FUNDADOR da Academia Maçônica Sergipana de Artes, Ciências e Letras, onde ocupa a cátedra número 33, cujo patrono é Torquato Fontes.

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