Autor: Antônio Fontes Freitas – prof. Emérito da UFS, acadêmico da Academia Sergipana de Educação e da Academia Maçônica de Sergipe.
RELEMBRANÇAS – 02
Vinte e nove de abril, uma data muito especial para a comunidade maçônica de Sergipe, especialmente, para os que fazem a Augusta e Respeitável Loja Maçônica Fraternidade sergipense Nº 11, que está completando 30 anos de excelente funcionamento, contribuindo para a formação de homens devotados à causa do desenvolvimento da Arte Real em nosso Estado.
Para relembrar essas 3 décadas de atuação, voltemos ao ano de 1992, quando um grupo de 12 irmãos que integravam os quadros da Augusta Respeitável Loja Sete de Setembro Nº 01, preocupado em melhorar cada vez mais o desempenho dos maçons no exercício diário de suas atividades, principalmente, no tocante ao aprofundamento e difusão dos estudos realizados em lojas, através de pesquisas, de visitas técnicas à outros Orientes, da participação em eventos nacionais e internacionais, promovidos pela Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil – CMSB, da Confederação da Maçonaria Interamericana – CMI e outras entidades afins, se colocou a serviço da Maçonaria Sergipana e Universal, para iniciar um trabalho de renovação e mudanças, visando, não somente ao crescimento da nossa Grande Loja com a criação de mais uma Oficina em nosso estado, mas, e principalmente, para promover o desenvolvimento de ações que pudessem concorrer para uma maior atuação junto à sociedade, e precipuamente, perante o Povo Maçônico de Sergipe, do Brasil e do Universo como um todo.
Após diversas reuniões realizadas nas dependências da Loja “Sete de Setembro”, o Grupo dos 12, incentivado pelo então Venerável Mestre, querido e saudoso irmão Otaviano Canuto dos Santos, partiu para as tratativas junto ao então Sereníssimo Grão Mestre
Raimundo Ramos Braga, a fim de obter o aval para o funcionamento de mais uma Oficina em Aracaju. Ao analisar o pedido, o Grão Mestre levou em considerações, não apenas a vontade dos postulantes, como também as consequencias que poderiam advir com a saída dos doze obreiros, todos com atuação marcante no desenvolvimento dos trabalhos da Loja, porém, a decisão foi favorável e oficializada através do Ato Nº 040 – 90/93, autorizando a novel entidade a trabalhar como Loja maçônica autônoma e independente, a parir do dia 29 de abril de 1992, com o distintivo de “FRATERNIDADE SERGIPENSE Nº 11”.
A visão, e o espírito de grandeza do irmão Otaviano Canuto, foi de fundamental importância para que pudéssemos alcançar o objetivo desejado.
De acordo com o Ato de fundação, da lavra do então Sereníssimo Grão Mestre Raimundo Ramos Braga, foram fundadores da nossa querida Loja FRATERNIDADE SERGIPENSE Nº 11, os irmãos:
- M.: M.: Antonio Fontes Freitas;
- M.: M.: Alfredo Vieira do Nascimento;
- M.: M.: Arnaldo Alves Vilela;
- M.: M.: Carlos Roberto Bezerra;
- M.: M.: Djacir Valença Lins;
- M.: M.: Edmilson Amaral Andrade;
- M.: M.: Jerry Clinton Seabourn;
- M.: M.: Joel Ferreira Dantas;
- M.: M.: José Ailton Nunes da Silva;
- M.: M.: Luciano Almeida Oliveira;
- M.: M.: Roberto Guimarães Graça e
- M.: M.: Valter Feijó Coelho.
Dos irmãos fundadores, apenas Antonio Fontes Freitas e José Ailton Nunes da Silva, continuam a trabalhar regularmente em Loja.
É bom lembrar que o funcionamento de qualquer loja maçônica, seja ela jurisdicionada à Grande Loja ou ao Grande Oriente, necessita, obrigatoriamente, da presença e participação de 7( sete) irmãos, dos quais, pelo menos, três mestres maçons, pois bem, a nossa querida Loja, começou a trabalhar cumprindo fielmente, as exigências ritualísticas, onde todos os ocupantes de cargos eram mestres Maçons, e com um detalhe, com 100% de frequência, quando um determinado irmão faltava aos nossos trabalhos, a Loja, automaticamente, entrava em contato com o mesmo ou com familiares para saber os motivos pelos quais ele deixou de comparecer; foi assim que trabalhamos durante muito tempo.
Desde a fundação, a Loja vem trabalhando com afinco e dedicação dos seus Obreiros, todos comprometidos em fazer o melhor, visando cumprir e fazer cumprir os objetivos daqueles que sonharam com uma Loja Maçônica diferente, observando os preceitos que nos regem, todos voltados para contribuir com a missão de tornar feliz a humanidade, através do Amor que deve existir em todos nós, que acreditam sermos, uma única e grande família espalhada por todo o Universo. Esperava-se, então, fazê-la uma Loja Maçônica Perfeita, dedicada a pesquisas e estudos, além da operacionalização de suas atividades maçônicas regulares e imediatas, como qualquer outra Oficina.
Nestes 30 (trinta) anos de funcionamento, nossa Loja formou, ou seja, preparou dezenas de Obreiros, altamente lapidados para o exercício consciente da Arte Real, que estão espalhados pelo Brasil afora, e em países do exterior, como é caso do querido irmão Jerry Clinton Seabourn Júnior, que reside e trabalha maçonicamente nos Estados Unidos da América do Norte.
Um fato que merece ser destacado, é a posição dos nossos Obreiros, sempre presentes na estrutura da Alta Administração da Grande Loja Maçônica do Estado de Sergipe GLMESE, onde ocupam ou já ocuparam cargos de relevância, inclusive os de primeiro mandatário da Instituição, isto é, de Sereníssimo Grão Mestre (Antonio Fontes Freitas e Jorge Henrique Pereira Prata).
Hoje, a Loja Fraternidade Sergipense, Nº 11, possui um Quaro de Obreiros, formado por 48 homens, oriundos de diversos setores da sociedade, são médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, dentistas, professores do ensino médio, professores do ensino superior, nutricionistas, engenheiros de diversas áreas, analistas em tecnologia da informação, economistas, militares, servidores públicos, trabalhadores do setor de transportes, autônomos, agricultores, aposentados, enfim, pessoas escolhidas, trabalhadas maçonicamente, e preparados para contribuir com as mudanças exigidas pela sociedade onde vivemos e dela somos parte.
Ao longo deste período de 30 anos de funcionamento, foram Veneráveis Mestres da Augusta e Respeitável Loja Maçônica Fraternidade Sergipense Nº 11, os ilustres e dedicados irmãos:
Observem o quadro a seguir:
Djacyr Valença Lins, Roberto Guimarães Graça, Luciano Almeida Oliveira, José Ailton Nunes, Joel Ferreira Dantas, Jorge Henrique Pereira Prata, João Alves da Silva, Roberto Menezes Arcieri, Manoel Pedro da Silva, Darcy Tavares Pinto, Antonio Carlos Lopes, | Sydney Sá de Souza, Jorge Luiz Benetti, Newton Fontes Machado, Ramiro Ferreira Freire, Adeilson Freire dos Santos Cleverson Luciano Trento, Vitor Franco de Oliveira Luís Jesus Arévalo Saldarriaga Francisco Iêdo Nogueira Lima Rui Justo do Val |
O Irmão Jose Wilson Menezes é o nosso atual Venerável Mestre.
O quadro acima, nos mostra um conjunto de 21 (vinte e um) Ex-Veneráveis Mestres, isto é, 21 maçons que dedicaram parte de suas vidas em favor da Loja e dos irmãos que nela foram iniciados ou filiados. Podemos também deduzir, que alguns foram reeleitos para mais um mandato, não pela possibilidade de se manter no poder, mas, motivados pelo desejo de cumprir o seu plano de trabalho estabelecido no início da gestão e que por motivos alheios à sua vontade não foram alcançados, como foi o caso do Ilustre e competente irmão Rui Justo do Val, que enfrentou os problemas decorrente da Pandemia do Corona Vírus.
Em nossa Loja, digo, na Fraternidade Sergipense, não se briga pelo poder, aliás, a escolha da pessoa que vai dirigir a Instituição, anualmente, decorre de uma consulta prévia realizada antes das eleições promovidas pela Grande Loja, entre aqueles que desejam se candidatar e com isto, a Loja tem sido muito feliz com candidatura única e cujo eleito conta, necessariamente, com o apoio maciço dos seus Obreiros.
Por derradeiro, quero agradecer ao Grande Arquiteto do Universo, pela feliz oportunidade, de ter sido iniciado em nossa Sublime Instituição há 44 anos, na cidade Brasília-distrito federal, tornando-me o que sou, depois de trabalhado, lapidado e preparado para a vida em sociedade.
Permitam-me, ainda, concluir esta minha exposição, transcrevendo as sábias palavras de Jorge Buarque Lira, em sua obra “As Vigas Mestras da Maçonaria”, onde diz: Ser maçom é levar à prática, aquele formosíssimo preceito de todos os lugares e de todos os séculos, que diz com infinita ternura aos Seres Humanos, indistintamente, do alto de uma cruz e com os braços abertos ao mundo – Amai uns aos outros, formai uma única família, sejamos todos irmãos.
PARABENS AO POVO MAÇÔNICO DE SERGIPE, ESPECIALMENTE À FAMÍLIA FRATERNIDADE SERGIPENSE, Nº 11.
Aracaju/SE, em abril de 2022.
Antonio Fontes Freitas
Sereníssimo Grão Mestre Ad Vitam